Reflexões de metade do intercâmbio: Você realmente sabe o que é e representa?

E lá se foram 6 meses.

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Esse é o texto que eu mais queria escrever desde o meu primeiro mês aqui. (Detalhe, quando comecei essa frase comecei em inglês involuntariamente. Ótima evolução na língua até o momento… Quando mistura com húngaro então, fica uma coisa linda! Hahaha).

Você sabe o que é e representa no mundo? A ideia de ser um em sete bilhões é tão vaga, e se você não possuir um dom único, é representado por sua nação. Falando em nação, já pararam pra prestar atenção no hino do nosso país? “Terra adorada… Entre outras mil, és tu Brasil, Ó Pátria amada!” Mas como? Reclamamos de tudo, somos os piores do mundo, a grama do vizinho é sempre mais verde e blá blá blá…

Os europeus são bem mais fechados e à primeira vista rudes, pra nós brasileiros. Porém depois que você faz amizade o cenário muda muito. Muitas das vezes são até mais solícitos que brasileiros. Espanhóis e italianos são os que mais lembram a nossa cultura.
Europeus são mais práticos, diretos e pontuais. Já nós somos mais flexíveis. Ambos lados tem pontos positivos e negativos.
Não fazem tantos rodeios também. Se não querem dizem que não e se querem, sim. Nós em geral optamos pelo “talvez”, “não sei” ou o “vou pensar”.

Aqui se pode assoar o nariz em qualquer lugar. QUALQUER LUGAR mesmo! Na mesa de jantar, numa cerimônia solene na universidade ou numa sala de aula silenciosa (And I think that’s beautiful ❤). Aquele som alto não incomoda ninguém. Já por outro lado é rude ficar “fungando” o nariz, alguns ficam até bem irritados. Pra quem tem rinite alérgica como eu é simplesmente maravilhoso. Acho que o sentimento que tive quando descobri isso foi como o das mulheres da década de 70 nos EUA que queimaram sutiãs… Livre! Livre! Hahaha

Budapeste, capital da Hungria e uma das cidades mais visitadas do Leste Europeu, tanto por jovens que buscam conhecer a cidade e sua noite como por pessoas mais velhas que vêm apenas para aproveitar os “Sightseeings” e também os restaurantes e pubs maravilhosos. Nesses 6 meses tive a oportunidade de encontrar e conversar com pessoas dos mais variados cantos do mundo, e com o auxílio da universal língua inglesa conheci muitas histórias e sotaques diferentes. É fascinante!

Geralmente, essas conversas começam com um Oi, tudo bem, por que está por aqui, etc… Mas uma das primeiras perguntas, de lei, sempre é: “Where are you from?” . O melhor dessa pergunta, é que você já anseia que a pessoa pergunte um “And you?” para poder falar com aquele sorriso na cara: Brasil! E a reação é unânime ao ouvir essa palavra mágica; Sorrisos seguidos de “Woowwww Brazil!!!!!!!” e alguns comentários ou encenações depois. Uns cantam Ai se eu te pego, outros Gustavo Lima, muitos falam de Ronaldo, Ronaldinho e Neymar, e os mais informados perguntam sobre os atuais problemas políticos. E claro, todo mundo deseja passar um carnaval na nossa terra!

Aí é que se encontra o X da questão: Independente da conduta de nossos políticos, do amadorismo que comanda boa parte das coisas, temos o bem mais valioso do mundo: O povo. Sim, acho que somos os mais amados do mundo, e abaixo conto o porquê de chegar a essa conclusão em tão pouco tempo.

Sinceramente, eu sei que ainda terei contato com muitas outras nacionalidades e com todo tipo de pessoa, mas já estou assimilando a mensagem deles: Somos o povo mais feliz, divertido, admirado em alguns pontos e sempre tentamos ver o lado positivo de tudo. Após perceber isso, é impossível não colocar um sorriso no rosto e ter o maior orgulho do mundo de falar que venho do Brasil.

Brasileiros no geral sofrem da “síndrome do patinho feio” em que tudo que é de fora é melhor. Nosso país é um continente que fala a mesma língua, com tanta riqueza cultural, belezas naturais e um povo acolhedor! 💚💛
Temos problemas? Claro! Contudo devemos lutar para melhorar (e justificar crise pra tudo não vale).

– Szia!

2 comentários sobre “Reflexões de metade do intercâmbio: Você realmente sabe o que é e representa?

  1. Olá Juliana, adorei o seu texto! Já tive experiências semelhantes, conversando com estrangeiros por meio virtual (já que ainda não pude viajar ao exterior :/ ); quando dizemos nossa nacionalidade muitos ficam bem surpresos, e curiosos também. É interessante perceber como muitas vezes subestimamos o nosso país. Obrigado por seus posts inspiradores. Good luck on all your adventures!

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